Em 22 de junho foi apresentado no Congresso um novo projeto de lei que pretende aumentar a pena para aqueles que cometem crimes de furto e falsidade ideológica ligados ao recebimento auxílio de emergência durante a pandemia da COVID-19.
Segundo a proposta, as penas, que hoje podem variar de um a cinco anos de detenção, aumentariam em até um terço no caso descrito acima, além da imposição de uma multa. O principal motivador do projeto é a "Operação Covideiros", que prendeu um grupo de criminosos que clonavam cartões de beneficiários em casas lotéricas no Ceará.
Embora o aumento da punição possa reduzir a quantidade de fraudadores que assumam este risco, também é importante utilizar tecnologias de prevenção de fraudes para impedir aqueles tentarão a sorte. Ações que apenas aumentam o tempo de prisão e multas são ações tardias, que não impedem a ocorrência do crime. Isto se reflete nos milhares de relatos de pessoas que, de fato, dependem deste recurso para sobreviver e se depararam com uma conta vazia. Muitas delas não têm tempo para perseguir os danos causados por pessoas mal-intencionadas ou para esperar por uma solução governamental. Precisamos pensar preventivamente para poupar aqueles que mais precisam da ajuda.
A fim de conter ações fraudulentas, o governo também poderia contar com a tecnologia. Há várias soluções que podem melhorar o processo e torná-lo mais seguro, acrescentando camadas de prevenção à fraude. Um exemplo dessas soluções é a exigência do uso de um segundo fator de autenticação. Com muitas credenciais roubadas disponíveis para os fraudadores, uma senha não é segurança suficiente. É necessário um fator adicional como um SMS ou e-mail com um código gerado automaticamente. A conta ou operação só é liberada quando o código é inserido no sistema.
Outra possibilidade é a biometria comportamental por localização. Com tecnologia de localização precisa, que captura dados do GPS e Wi-fi de telefones celulares, a solução utiliza um padrão de comportamento de localização único de cada usuário para criar uma identidade privada digital. O desvio no perfil comportamental é o alerta de que ações fraudulentas podem estar ocorrendo, tudo isso automaticamente, sem qualquer ação necessária do usuário, gerando uma experiência sem qualquer fricção. Além disso, ao não coletar quaisquer dados de identificação direta do usuário, como CPF e RG, garante o anonimato após o hasheamento e a criptografia dos dados de localização.
As possibilidades de aumentar a segurança em situações como o auxílio de emergência são diversas, mas a certeza é única: em momentos delicados como o que estamos vivendo, a prevenção se torna ainda mais essencial para garantir segurança e praticidade para os usuários.
Fraude relacionada à COVID-19 onde não se trata apenas do auxílio emergencial. O aumento das atividades mobile despertou o apetite dos fraudadores por uma maior diversidade de golpes e técnicas de fraude, para as quais muitas empresas não estavam bem preparadas. Leia nosso recente whitepaper "Fraude nos tempos de COVID-19" para saber mais.