São Paulo, fevereiro de 2023 - Desde seu lançamento, em 16 de novembro de 2020, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil (BCB), é o meio de pagamento mais utilizado no país e aprovado por 85% da população bancarizada, segundo pesquisa Radar Febraban. Somente em dezembro de 2022, foram realizadas mais de 2,8 bilhões de transações com o Pix, que movimentaram um valor de mais de 1,2 trilhões de reais, conforme informações do BCB.
Com a popularidade do Pix também cresceram as tentativas de golpes envolvendo a ferramenta. O mais recente é popularmente chamado de “Novo Golpe do Pix”. André Ferraz, CEO e cofundador da Incognia, empresa pioneira em identidade digital baseada em localização, explica que a nova prática fraudulenta combina o uso de engenharia social com a violação de dados bancários confidenciais para induzir usuários do Pix a realizarem transações para a conta de criminosos.
Veja como o golpe está sendo aplicado:
Diante dessa nova fraude, Ferraz compartilha orientações para identificar e se proteger contra a ação dos criminosos:
Embora o Pix seja amplamente utilizado e tenha trazido inúmeros benefícios para os brasileiros, as técnicas de fraude utilizando pagamentos instantâneos tem se sofisticado e ainda há brechas de segurança que podem oferecer riscos aos consumidores legítimos.. Dados divulgados pelo Banco Central mostram o registro de 739.145 indícios de crimes envolvendo o Pix de janeiro a junho de 2022, um crescimento de 2.818% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“A cada dia que passa, os fraudadores estão mais habilidosos tanto na abordagem ao praticar engenharia social, quanto em recursos tecnológicos. Portanto, é dever das instituições financeiras o investimento e a implementação de medidas rigorosas de segurança, pois, além de manter sua credibilidade inabalável, garantem a melhor experiência possível para o usuário final. Em casos como o novo golpe do Pix, que envolve pagamentos e transferências, é importante que as pessoas tenham conhecimento sobre como acontecem esses golpes para estarem sempre alertas ao serem abordadas por supostos funcionários bancários”, conclui Ferraz.
Ainda que as empresas bancárias tenham o dever de proteger as contas e as informações confidenciais de seus clientes, ainda é possível ver que as fragilidades nos sistemas de prevenção à fraude e segurança possibilitam o acesso a dados sensíveis por terceiros, facilitando que os golpistas estejam munidos para ludibriar os usuários legítimos. Ações de conscientização da população podem ser um aliado poderoso para a redução de fraudes, mas as instituições devem chegar sempre na frente na corrida para evitar novas vítimas.