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Inclusão financeira digital para jovens e crianças: especialista dá dicas de como tornar essa prática segura para pais e filhos
Dayana Costa, DPO da Incognia e expert em tecnologia de geolocalização aponta seis dicas para orientar os pais e responsáveis sobre os possíveis riscos
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São Paulo, abril de 2023 - Até pouco tempo atrás, ter 18 anos ou mais era um pré-requisito para ter uma conta em instituições financeiras. Mas, para acompanhar o avanço da sociedade no processo de inclusão digital, bancos tradicionais, digitais e fintechs estão com um novo olhar para o público infanto-juvenil e têm desenvolvido soluções financeiras mais intuitivas e desburocratizadas. Dados do Banco Central do Brasil apresentados no Relatório de Economia Bancária mostraram um crescimento de 50% na última década no número de contas abertas por jovens entre 15 e 24 anos, com um total de 23 milhões delas.
Este cenário traz inúmeros benefícios, principalmente no que se refere ao desenvolvimento da educação financeira familiar. Todavia, riscos e preocupações adicionais precisam ser cuidadosamente analisados. O número de fraudes financeiras têm apresentado um crescimento acelerado nos últimos anos. De acordo com a pesquisa Radar Febraban, 3 em cada 10 brasileiros foram vítimas de golpes ou tentativas de fraudes financeiras no país em 2022. O uso de dados pessoais para aplicação de técnicas de engenharia social, invasão de dispositivos e fraudes de identidade costumam ser as principais armas utilizadas pelos fraudadores. Assim, em se tratando de titulares tão vulneráveis como crianças e adolescentes, a cautela no uso dos serviços financeiros deve ser redobrada.
De acordo com Dayana Costa, DPO e gerente de privacidade da Incognia, empresa pioneira em identidade digital baseada em localização, existem formas de identificar situações de risco e medidas para reduzir as chances de se tornar vítima de golpes em aplicativos de serviços financeiros. São elas:
1. Opte por aplicativos que forneçam medidas de segurança robustas: ao escolher o banco que será utilizado por seus filhos, é imprescindível que, além da facilidade financeira e qualidade dos serviços, os pais avaliem quais as medidas de segurança que o aplicativo oferece, quais as soluções de prevenção à fraude que são disponibilizadas e como são implementadas - soluções de identidade digital baseada em localização, por exemplo, podem tornar a experiência do jovem mais fluida e, ao mesmo tempo, protegê-lo de golpes e fraudes.
2. Atente-se à política de privacidade e termos de uso: Embora não seja prática comum dos usuários de aplicativos em geral, quando se trata de proteger crianças e adolescentes é indispensável que os pais ou responsáveis leiam as política de privacidade e os termos de uso desses aplicativos financeiros para entender como os dados de seus filhos são tratados, com quem são compartilhados e quais medidas são adotadas pelo banco para proteger seus dados e evitar que caiam na mão de fraudadores que podem utilizá-los para aplicação de golpes baseados, por exemplo, em engenharia social. Informação é poder.
3. Acompanhe o extrato de despesas diariamente - Essa é uma forma eficiente de garantir que a conta ou o cartão de crédito não estão sendo usados indevidamente, tanto pela criança ou pelo adolescente, quanto por possíveis criminosos. É essencial explicar a esses jovens a diferença entre transações instantâneas e os gastos com cartão - virtual ou físico, bem como a importância das senhas, o funcionamento do Pix e todos os detalhes. O acompanhamento de perto também possibilita verificar detalhes sobre a despesa, como a data e o local em que ela ocorreu. Caso note algum débito ou crédito indevido, entre em contato com a central de relacionamento do seu banco para averiguar a situação;
4. Observe os sites e aplicativos antes de comprar pela internet - Para fazer compras pela internet ou aplicativos de forma segura, as crianças e adolescentes precisam ser orientados a dar preferência a sites com selo de segurança (um cadeado que aparece na barra de endereço) e certificações de segurança. Outra precaução importante é manter o computador e o aparelho celular protegidos com antivírus e programas firewall e anti-spam. Além disso, não manter os dados de cartão salvos em aplicativos ou cartões é um fator adicional de proteção em casos de invasão de contas;
5. Atente-se para fraudes disfarçadas -Crianças e adolescentes precisam ser orientados por seus pais e responsáveis sobre fraudes disfarçadas de benefícios e vantagens. Sempre desconfie de links de promoções e vantagens desproporcionais apresentadas fora da plataforma bancária. Ainda, é importante investir na educação financeira desse público, orientando as crianças e adolescentes sobre as melhores práticas e cuidados que precisam ser adotados no uso de aplicativos, bem como no uso dos recursos financeiros.
6. Não baixe aplicativos fora das lojas oficiais: As lojas oficiais dos sistemas operacionais, como a PlayStore do Android ou a App Store do iOS, são os locais a partir dos quais os aplicativos devem ser baixados, uma vez que para que um aplicativo seja disponibilizado nessas plataformas, ele precisa passar por uma série de testes de segurança, prover documentos comprobatórios e passar por processos de controle. É essencial que nenhum aplicativo seja baixado a partir de links externos, porque geralmente estão corrompidos e podem conter vírus ou malwares que podem ter efeitos adversos nas contas dos usuários e também nos dispositivos móveis de maneira geral, inclusive permitindo acessos remotos e a possibilidade de performar ações a partir desse acesso remoto.